20 abril, 2007

Ai que saudade do Tarantino!




:::Hipoteticamente falando:::


hipotético

adj.,
relativo à hipótese;
duvidoso;
arbitrariamente suposto.


Se me permitisse poderia amar cada centímetro do seu corpo. Dedicaria a ti todas as letras que escrevesse, assim como antes dediquei a outro homem que antes amei. Em todos os dias lhe olharia por ângulos diferentes, encontrando sempre mais razões para lhe amar, enxergar um você diferente sempre sabendo que continuo tendo todas as razões pra te querer do meu lado. Seria feliz ao ouvir de tua boca que precisa de mim porque me quer, mas independe de mim como um ser humano de vida própria, com a liberdade que prezo e admiro tanto. Porque é tão incapaz de adentrar minha loucura, ser tão louco quanto eu? Porque se nega a errar, errarmos juntos, como criminosos, cúmplices?

Se me permitisse eu cuidaria de ti, e assim me permitiria cuidar. Se me permitisse, lhe seqüestraria para um banho de chuva numa madrugada de verão qualquer, gritaria como uma louca frente a sua casa até que você me calasse com um beijo. Queria que compreendesse que nunca lhe aprisionaria, e sim o deixaria voar, e exatamente por isso você voltaria sempre. Meu ciúme se resumiria a um olhar azedo, que dissolveria no ar com um beijo e um sorriso. E você riria do meu jeito estabanado e secaria minhas lágrimas infantis quando me sentasse em seu colo para cuidar dos meus joelhos ralados.

Se me permitisse me apaixonaria todos os dias por suas gargalhadas, o jeito de reclamar de tudo e pela forma como passa os fios de cabelo entre os dedos, seu tom de voz. Amaria sua bondade, seu idealismo, seu caráter, seus vícios e imperfeições. Suspiraria por seu jeito de sorrir ao ver, e quando sua mão tocasse minha pele. Esqueceria os males do mundo em teus braços, protegida, segura, capaz de enfrentar a tudo e a todos. Ignoraria meu ódio a burocracia e me faria tua mulher, recasaríamos bêbados em Vegas, nossa valsa seria “You Never Can Tell” e jogaríamos strip poker no quarto na lua de mel. Criaríamos filhos com trejeitos de personagens de tirinhas de jornal em alguma cidade tranqüila e fria longe daqui, te amaria todos os dias de minha vida... Se você me permitisse.




- I love you, pumpkin...
- I love you, honeybunny...
Ai que saudade do Tarantino! Ai que saudade...

5 comentários:

A Estranha disse...

Perfeito ... Por assim dizer a musica sentimental dos los hermanos e a famosa tpm se assim tiver me lembraram vc ...
quem sabe, em um dia que eu espero que não seja tão distante assim, eu encontre alguém estranho pra poder dizer tudo isso q acabei de ler... bom fds
amei^^

Haya disse...

é... e por você... eu dançaria tango no teto, limparia os treilhos do metrô, eu iria à pé do Rio a Salvador...
Eu amei esse cantinhoooo!!!
Amei, amei (pulinhos de mulherzinha desvairada)!!!

Daniel Christovão disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
somente like you disse...

hipoteticamente falando, eu também: "Sou fria, agressiva, calculista, não me permito sentir essa coisa chamada amor!" Mas é só hipoteticamente.

;***

somente like you disse...

E tu quase que terminou arquitetura né? 4 anos é muito tempo ;D
Ainda to no segundo ano. Com muita coragem eu termino ;)

;****